[PORTO] Jesualdo Ferreira: «Bruno Alves é um atleta leal»

Jesualdo Ferreira: «Bruno Alves é um atleta leal»
TÉCNICO FEROZ NA DEFESA DO PROFISSIONALISMO

Jesualdo Ferreira não gostou dos comentários feitos sobre a actuação de Bruno Alves no jogo com o Sporting e resolveu sair em defesa do seu central. Fê-lo com argumentos. Citou primeiro a sua ficha disciplinar: “Viu dois amarelos em toda a Liga e na Champions, nos 16 jogos que já fizemos nessa competição desde que estou no FC Porto, também só viu dois amarelos. E um deles foi num jogo na Turquia, contra o Besiktas, em situação de ajuda a um colega.”

O professor lembrou depois a distinção feita por quem tutela o futebol europeu: “O Bruno foi nomeado pela UEFA para demonstrar capacidades técnicas e individuais defensivas. Foi um jogador escolhido pelos técnicos da UEFA e não se escolhe ninguém para estas coisas que, à partida, seja um mau defesa ou fure as regras, sendo violento e agressivo.” Jesualdo também não acredita que seja em condutas violentas que o defesa sustentou uma carreira de dimensão internacional.

“É um atleta de topo, é da elite do futebol mundial e é muito útil à sua Selecção”, prosseguiu, dando conta de que o FC Porto tudo fará para defender a lealdade do seu jogador. “Vamos ser claros: durante um jogo, ele sofre mais faltas do que as que faz. A falta pela qual foi censurado no jogo com o Sporting não pode ser criticada. Temos de pedir a um expert nesta matéria para provar que, à luz da biomecânica, é impossível saltar com tamanho grau de impulsão e ficar imune a tocar em alguém. Já percebemos que a forma de jogar contra o Bruno Alves é não saltar.”

Acima de tudo, Jesualdo quer pôr de parte os preconceitos. “Ninguém pode partir com estigmas por factos passados”, disse, lembrando, sem o referir explicitamente, o episódio com Nuno Gomes há quatro anos. “Vejo-o discutir os lances com energia e virilidade. Ele é um atleta leal mas muito forte. Há uma campanha desde a época passada, chegou-se a perguntar como era possível este indivíduo andar a jogar. É uma forma pouco honesta de tentar aniquilar um jogador”, concluiu.